CRISE HÍDRICA

Frente Parlamentar se reúnem para debater a crise hídrica

Agricultores presentes a reunião na ALESP

Aconteceu na noite de quarta-feira, 9 de setembro na Assembleia Legislativa de São Paulo reunião com os deputados da Frente Parlamentar que estão engajados na defesa dos pequenos e médios agricultores da Região do Alto Tietê.

Participaram do evento os deputados da Frente Parlamentar André do Prado e Luiz Carlos Gondim; o prefeito da Estância Turística de Salesópolis Benedito Rafael da Silva; deputado estadual Coronel Telhada; vereadores de Biritiba Mirim Walter Machado de Almeida, Carlos de Araújo e Jorge Mishima; Vereador de Mogi das Cruzes Juliano Abe; Secretário de Agricultura de Mogi das Cruzes Osvaldo Nagao; Câmara Técnica de Hortaliças Renato Abdo; Presidentes de Sindicatos Rurais Paulo Honda, Rubens Maehara e Benedito Almeida e Francisco Piza, diretor-presidente da Fundação Agência Bacia Hidrográfica do Alto Tietê – FABHAT

O objetivo da reunião não foi apenas discutir a crise hídrica, mas buscar soluções para que os produtores possam continuar trabalhando e produzindo os alimentos que são consumidos em toda a Região Metropolitana de São Paulo.

A Frente Parlamentar será muito útil para dialogar com as autoridades estaduais a fim de garantir que o trabalho no campo continue na Região do Alto Tietê e preserve o título de Cinturão Verde do Estado, gerando renda e empregos.

O prefeito da Estância Turística de Salesópolis Benedito Rafael da Silva, PSD, disse durante seu discurso que a “economia da Estância Turística de Salesópolis gira em torno da agricultura e seus agregados”.

“Uma ação restritiva a atividade rural ou aos atos governamentais que “empurra” o agricultor a suspensão de sua produção poderá levar a economia municipal ao colapso financeiro, consequentemente também ao aprofundamento da crise social, educacional, desestruturando a família Salesopolense”.

O prefeito Rafael ressaltou ainda que a Estância Turística de Salesópolis é produtor e defensor dos recursos hídricos e não consumidor como está sendo taxado.

“O agricultor é um grande parceiro da racionalização do uso dos recursos hídricos”.

Os agricultores da Estância Turística de Salesópolis foram representados pelo presidente do clube Alvor Choiti Kimoto.


Prefeito Rafael se reúne com produtores do Distrito 

O prefeito da Estância Turística de Salesópolis Benedito Rafael da Silva, PSD reuniu na manhã de segunda-feira, 24 de agosto em seu Gabinete com produtores agrícolas do Distrito Nossa Senhora dos Remédios para tratarem assuntos referentes à crise hídrica que assola nossa região desde o início de 2014.

Estiveram presentes a reunião  Choitti Kimoto,  Presidente do Clube Alvor; Mario Kitasawa , Produtor de mudas e hortaliças; Nilson Imamura, Advogado e produtor rural; Marcelo Uno, produtor rural e Gervásio Warikoda, produtor rural.

Na oportunidade foram tratados assuntos referentes a Portaria 2617 do DAEE que declarou crítica a situação hídrica em nossa Região, e eventual fiscalização mais rigorosa o que poderá suspender as atividades agrícolas dos produtores do Distrito Nossa Senhora dos Remédios.

Os produtores solicitaram ao prefeito Rafael encaminhar ao governador Geraldo Alckmin um pedido para que as medidas de lacração de bombas não sejam aplicadas neste primeiro momento, e que haja um canal de conversação com o governo.

O prefeito Rafael pediu para que viabilize um estudo sobre a utilização de água pelos produtores a fim de que seja agendada uma reunião com o presidente da Assembleia Legislativa Fernando Capez e assim levar as reivindicações de todos os produtores.

Dia 9 de setembro a partir das 10:00 os produtores rurais também estarão presentes na Assembleia Legislativa para apresentar os problemas e reivindicar que a Portaria não seja aplicada de forma imediata.

Para que todos tenham uma ideia da gravidade da crise hídrica na Região de Campinas os produtores estão proibidos de usarem água para irrigação e especificamente no Distrito Nossa Senhora dos Remédios a produção já foi reduzida em cerca de 40% para contribuir coma economia de água.


Prefeito Rafael fala sobre a crise hídrica

O prefeito da Estância Turística de Salesópolis e Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, Benedito Rafael da Silva, (foto) falou a nossa reportagem sobre a Portaria N 2.617 do DAEE que declara crítica a situação hidrográfica do Alto Tietê.

“A princípio não tem nada definido pelo DAEE e sim alertar a sociedade e principalmente os órgãos públicos sobre a atual situação que se encontra os reservatórios”.

“A maior outorgada pelo DAEE é a Sabesp que está com uma demanda de obras para atender as questões emergenciais”.

“Essa Portaria do DAEE é um alerta as empesas e também para a sociedade para entender das medidas de emergência que precisam ser tomadas para conter o consumo de água e aumentar a própria demanda”.

“O exemplo são as obras que a Sabesp está realizando, mas está sofrendo pressão da sociedade e também de órgãos fiscalizadores”.

“Essa Portaria vem auxiliar os órgãos envolvidos e entendemos que é um período crítico emergencial, mas temos que nos unir para tomar as medidas certas”.

“E envolve os agricultores que devem economizar o máximo possível, visto que tem alguns produtores que estão desperdiçando água irrigando além do normal e de repente se a fiscalização passa por uma propriedade que não tem Outorga pode então lacrar as bombas”.

“Essa Portaria alerta a todos que precisamos economizar água, já que os reservatórios estão com pouca água e a chuva não chegou”.

“Então essa Portaria tem a função de alertar todos os órgãos envolvidos que o período é crítico e as medidas a serem tomadas precisam ser com emergência, rapidez e economia, e também com a colaboração da imprensa, poder público e sociedade civil e sociedade organizada, pois a situação pode ser agravar ainda mais se não chover”.

“O DAEE como outorgante dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo tem que se precaver para que o pior não venha acontecer”, concluiu o Prefeito Benedito Rafael da Silva que também é Presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.


Entrevista com o Deputado André do Prado

O deputado estadual André do Prado, PR falou a nossa reportagem na tarde de sexta-feira em Biritiba Mirim quando esteve presente para a inauguração do Instituto Reviver. 

“O momento é preocupante porque os mananciais estão com níveis baixos e a crise hídrica fez com que o Governador baixasse a Portaria nº 2617 visando garantir o fornecimento de água para a população, só que isso vem preocupar o lado social onde os agricultores principalmente de Biritiba Mirim e Salesópolis dependem da água para seu plantio”.

“Por isso estamos preocupados porque o momento é crítico e o governador em suas palavras disse que vai evitar a qualquer custo o racionamento e que a Portaria não visa lacrar as bombas de imediato, mas sim que o mecanismo jurídico para que o Estado possa realizar licitações no combate a crise hídrica e ter liberações ambientais mais rápidas e irá facilitar para que possa tomar diversas ações evitando o racionamento e também o desabastecimento”.

“Quando há seis meses começaram a lacrar as bombas estivemos com o governador, com o chefe da Casa Civil, e o Secretário de Agricultura Arnaldo Jardim, e estamos preocupados e compromissados com os agricultores e iremos cobrar do Estado que somente em último caso venha a prejudicar o abastecimento humano que crie um cronograma para os agricultores”.

“Espero que não chegue a esse ponto e com o início da primavera as chuvas retornam e poderemos não ter esse problema seríssimo que é o lacre das bombas dos agricultores que precisam trabalhar para manter suas famílias, manter o abastecimento da população do Alto Tietê e da Capital Paulista”, disse o deputado estadual André do Prado.


Vereador Marcelo da Imobiliária fala ao JP

O vereador Marcelo Batista de Miranda Melo, Marcelo da Imobiliária falou a nossa reportagem sobre a situação crítica que o Estado de São Paulo e principalmente a Região Metropolitana estão passando com a falta de chuvas desde o início de 2014.

“Estive presente durante a Audiência Pública em São Paulo onde foram tratados assuntos referentes à Crise Hídrica e percebemos que a crise é muito grande”.

“Percebemos que o Ministério Público está organizado pronto para sanções junto com o Gaema, Promotores e Procuradores e foi notado uma vacância do Estado com os reparos e cuidados com os Recursos Hídricos”.

“O “raio x” de tudo isso é o DAEE que está todo sucateado, passando para a Sabesp que também não investiu o necessário antes da crise e o que nos preocupa visto que somos produtores de água como Salesópolis e Biritiba Mirim é que estamos voltados para a agricultura e os 10% restantes é o comércio que sobrevive do fomento da agricultura”.

“Eu na obrigação de comerciante, político e que ama a cidade de Biritiba Mirim é alertar a população para nos unir independente de movimentos partidários, mas com o intuito de defender nossa cidade”.

“Vamos exigir e cobrar do governo do estado, certo que também tem a questão da educação ambiental de investimento, uma contrapartida no sistema de irrigação a fundo perdido, porque os japoneses, agricultores são pessoas da mais alta educação que plantam e esperam trinta dias para colher e eles sabem da importância da água”.

“O que usamos de água é pequeno perto do que é desperdiçado pela coleta mal feita que chega a 36% e o que gastamos nas irrigações chega a 3% apenas e não ganhamos nada pela água, enquanto as cidades que passam o petróleo recebem Royalties e o maior bem da vida que é a água Salesópolis e Biritiba Mirim não ganha nada”.

“Queremos sensibilizar os deputados, André do Prado que se mostrou sensível ao assunto e junto com a frente parlamentar com os deputados Dr. Gondim e Estevam Galvão para que juntos com os agricultores e comerciantes possamos nos unir para mostrar nossa postura diante da exigência e até clemência do estado para nós”.

“Peço aos moradores de Biritiba Mirim muita atenção e que todos façam sua parte como cidadão e compareçam as reuniões sobre a crise hídrica”, concluiu o vereador Marcelo da Imobiliária.


Agrava a Crise Hídrica 

Estado declara crítica situação da Bacia do Alto Tietê

Arquivo JP: Barragem de Ponte Nova na Estância Turística de Salesópolis

O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) publicou uma portaria em que classifica como crítica a situação hidríca na Bacia do Alto Tietê. Segundo as informações do Diário Oficial, com a medida, ações deverão ser adotadas para assegurar a disponibilidade hídrica. O prefeito de Salesópolis, Benedito Rafael da Silva, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, disse ao G1 nesta quarta-feira, 19 de agosto que quer uma reunião com o DAEE e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para discutir as consequências dessa classificação. Silva acrescentou que não havia sido informado sobre essa medida.

O Sistema Alto Tietê opera nesta quarta-feira, 19 com 15,4% de sua capacidade de acordo com dados da Sabesp. Essa é a 21ª queda consecutiva do sistema. O mês teve a queda mais acentuada do ano, com 2,8 pontos percentuais até esta quarta. Em 19 dias, choveu apenas 1,91% do esperado para agosto.

Na portaria publicada na terça-feira, 18 de agosto de número 2617, o DAEE justifica que a medida foi tomada por conta do baixo índice de chuva nos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, considerando ainda a continuidade em 2015 da pior estiagem nessa região.

O DAEE determina ainda que torna-se uma infração a utilização de recursos hidrícos em desacordo ou sem a autorização do departamento.

O órgão informou nesta quarta-feira que "não tem nada a acrescentar além do que está exposto na portaria DAEE - 2617".

O prefeito Benedito Rafael quer discutir as consequências que a portaria pode trazer para o Alto Tietê. "Para a nossa região, o fornecimento de água para a agricultura é prioridade. Sabemos que em situações de crise, o fornecimento público é prioritário. Em segundo, vem os animais e, em terceiro a agricultura. Além da importância para a economia da nossa região, a agricultura também é responsável pelo fornecimento de alimentos para São Paulo. "


Produtores estão preocupados com a falta de água para plantio

A Reportagem do Jornal do Povão esteve com o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mogi das Cruzes, Benedito de Almeida (foto) que falou mais uma vez da importância das autoridades da Região do Alto Tietê se unirem para dar maior auxílio aos produtores rurais nesta época de seca que vem ocasionando uma crise no abastecimento de hortaliças para a Região Metropolitana de São Paulo

Benedito disse que: “Estou achando que precisamos trabalhar para que todos entendam que não é apenas política, mas sim algo mais real para que possamos deixar o agricultor produzir com certeza com algumas regras, mas não como foi feita na primeira vez e novamente deve voltar à mesma coisa”.

Nova Manifestação dos Agricultores

“Realizamos uma reunião com todos os produtores que estão com financiamentos de tratores irão leva-los até a porta do Banco do Brasil”.

“Há bastantes financiamentos e caso não consigam quitar as dívidas poderão ficar sem suas máquinas e o Sindicato que atua em seis municípios: Estância Turística de Salesópolis, Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes, Suzano, Guararema e Santa Isabel sendo que as cidades mais afetadas são Salesópolis e Biritiba Mirim, por serem bacias dos Rios Tietê e Paraitinga, estão querendo proibir de produzir e jamais o Sindicato irá permitir que isso venha ocorrer e se for necessário iremos fazer grandes manifestações”.

Mensagem aos Produtores

“Peço justiça para todos tanto para os Governos Estadual e Municipal não proibindo os produtores de estarem plantando em suas propriedades”, concluiu Benedito Almeida Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mogi das Cruzes.


Confira como será o inverno de 2015 no Sudeste

O inverno no Hemisfério Sul começa oficialmente no dia 21 de junho, às 13h38, pelo horário de Brasil.

O ano de 2015 é de El Niño e este fenômeno terá grande influência na chuva e a na temperatura no Brasil nos próximos meses. A expectativa é de que o El Niño atue com fraca a moderada intensidade, mas sua influência será sentida no inverno e também com as demais estações de 2015 até o verão de 2016.


Crise Hídrica

Barragens do Alto Tietê passam por seca extrema

Barragem de Ponte Nova na Estância Turística de Salesópolis (Janeiro de 2015)

Peça-chave no plano antirrodízio da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para este ano, o Sistema Alto Tietê voltou a sofrer com a seca extrema. O volume de água que tem entrado nas represas que abastecem cerca de 4,5 milhões de pessoas na parte leste da região metropolitana é o mais baixo da história para o mês, fato que não ocorria desde fevereiro de 2014, conforme dados da estatal.

Até ontem, a vazão de entrada no conjunto de cinco reservatórios situados entre as cidades de Suzano e Salesópolis em junho era de 6,8 mil litros por segundo, 54% abaixo da média histórica. A pior vazão já registrada no manancial em junho foi de 7,3 mil l/s, na seca ocorrida em 2001. Com uma retirada média de 13,5 mil l/s no período, o Alto Tietê já acumula déficit de quase 7 bilhões de litros, o que resultou em 11 dias consecutivos de queda. Ontem, o nível atingiu a marca de 21,1%.

Os números mostram que nem mesmo os 1 mil l/s adicionais que a Sabesp pretende levar do Rio Guaió para o Alto Tietê até o fim deste mês evitariam o saldo negativo, de 6,7 mil l/s até o momento. A obra emergencial, que vai ligar o Guaió por uma adutora de 9 km até um rio que deságua na Represa Taiaçupeba, onde fica a estação de tratamento do Alto Tietê, estava prevista para maio.

Segundo a Sabesp, o atraso aconteceu porque "na execução foram encontrados 140 metros de rocha, que demandaram técnica de engenharia com uso de argila expansiva em vez de retroescavadeira". Ainda de acordo com a companhia, o adiamento da conclusão para este mês "não comprometerá a segurança hídrica" na Grande São Paulo. O plano da Sabesp é reforçar o estoque de água do Alto Tietê para poder aumentar a produção dos atuais 12,5 mil l/s para a capacidade máxima de 15 mil l/s e poder avançar sobre bairros da capital que ainda são abastecidos pelo Sistema Cantareira, o mais crítico de todos.

Para isso, a Sabesp pretende concluir, até setembro, a transposição de mais 4 mil l/s do Sistema Rio Grande, braço limpo da Represa Billings, para Taiaçupeba. Para a companhia, com esse reforço ao Alto Tietê e o aumento da produção em mais 1 mil l/s no Sistema Guarapiranga, é possível evitar o rodízio de 5 dias sem água e 2 com na região atendida pelo Cantareira. Essa obra havia sido prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para maio.

Ex-funcionário da Sabesp e integrante do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, o engenheiro José Roberto Kachel alerta que a situação do segundo maior manancial da Grande São Paulo hoje "é pior que a do Cantareira". "A vazão afluente ao Alto Tietê tem ficado abaixo da média desde o fim de 2013, mas agora em junho afundou, ficando abaixo da mínima histórica. Se a situação continuar desse jeito, e não tiver nenhum incremento com essas obras, o sistema poderá secar no fim de outubro", afirma. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".


O inverno começa neste domingo

O inverno começou neste domingo dia 21 de junho, às 13h38, horário de Brasília e será marcado pela influência do evento El Niño e isso será o suficiente para mexer com as condições do nosso inverno.

Esta situação é bem diferente do registrado, por exemplo, nos anos de 2010, 2011 e 2013, que na época estávamos com a presença da La Niña, ou seja, com o Pacífico Equatorial mais frio que o normal, e tivemos muitas massas polares avançando pelo centro-sul do Brasil.

Já nestes últimos anos, a situação é oposta, pois no ano passado o Pacífico Equatorial estava ligeiramente mais quente do que o normal e neste ano estamos em El Niño, ou seja, Pacífico Equatorial mais quente do que a média. Portanto, podemos imaginar um inverno não muito rigoroso.

A chuva continuará escassa na maior parte do país, ou seja, normal ou abaixo da média, como já é normal nesta época do ano. Somente na região Sul a chuva é acima da média por causa do fenômeno. Com relação as temperaturas, a tendência é que o El Niño diminui o frio ou teremos temperaturas acima da média de uma maneira geral. Faltará frio neste ano, exceto nos estados do RS e de SC, onde ficarão perto da normalidade

Abaixo, mapas do Brasil, onde temos anomalia de chuva e temperatura para os meses de Inverno (Julho, Agosto e Setembro). Anomalia representa um desvio em relação a normalidade. A anomalia pode ser positiva ou negativa.


Estância Turística de Salesópolis

Barragem do Rio Paraitinga está secando

A Reportagem do Jornal do Povão esteve na tarde de terça-feira, 9 de junho na Estrada da Lagoinha e constatou que a Barragem do Rio Paraitinga está com o nível mais baixo que dias anteriores.

As comportas da Barragem estão abertas liberando mais água do que o normal visto que o objetivo atual da Sabesp é abastecer a Região Leste de São Paulo.

A maior preocupação é com a falta de chuva pelo menos nos próximos 15 dias e com os agricultores do Distrito Nossa Senhora dos Remédios que necessitam da água do Rio Paraitinga para poderem irrigar suas plantações.

Desde o início do ano o DAEE vem realizando uma vistoria junto as propriedades dos produtores rurais a fim de que eles reduzam a quantidade de água para a irrigação, e em alguns casos chegou até lacrar bombas.

Com a chegada do inverno as chuvas serão cada vez mais escassa o que poderá causar uma crise ainda maior no abastecimento de hortaliças para toda a Região Metropolitana e Baixada Santista.

É necessário que as autoridades tomem providências urgentes a fim de prestarem toda a assistência aos produtores rurais para que não venham ocorrer demissões no setor devido à falta de água.

Quando esteve na Estância Turística de Salesópolis para uma reunião no Gabinete do prefeito Rafael juntamente com os vereadores para tratar sobre a assinatura do convênio com a Sabesp o Superintendente da Cia Márcio Gonçalves Oliveira disse a nossa reportagem que: “A Sabesp está em um patamar de reservas razoável, com o programa de bônus, dez bilhões de litros foram economizados nos municípios do Alto Tietê em um ano, e isso mostra que a população aderiu a campanha da Cia”.

“Agora com as obras que a Sabesp está implementando ligando Billings a Taiaçupeba, Rio Guaió, obras do Guaratuba que visam garantir o abastecimento da população neste período sem chuvas”.

“A Sabesp não trabalha com hipótese de rodízio e nunca descarta que no futuro possa acontecer”.

Mas o que constatamos na Zona Leste de São Paulo (que é abastecida pelo Sistema Alto Tietê) é que não há apenas uma redução de pressão da água como disse o Superintendente, mas sim uma interrupção no fornecimento de água diariamente a partir das 17:00 voltando apenas durante a madrugada e isso já vem ocorrendo há pelo menos quatro meses.


Sabesp cancela bônus em seis cidades do interior

Na tentativa de amenizar o impacto da crise hídrica em suas receitas, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) encerrou o programa de bônus que dá descontos na conta para quem economizar água em seis cidades onde opera na região de Campinas. São elas: Hortolândia, Itatiba, Jarinu, Monte Mor, Morungaba e Paulínia. Todas são abastecidas por rios que formam o Sistema Cantareira.

O fim do bônus já passa a vigorar nas faturas do mês de abril. O programa de que dá descontos de até 30% para quem reduzir o consumo de água em relação à média anterior à crise teve início da na região em junho do ano passado. Nesses municípios, também não haverá mais a cobrança de multa de até 50% para quem aumentar o consumo, que passou a vigorar em janeiro deste ano.

Segundo comunicado publicado pela Sabesp ontem no Diário Oficial, a medida ocorre "tendo em vista a situação hidrológica favorável da bacia do Rio Piracicaba na área de drenagem localizada a jusante (depois) dos reservatórios do Sistema Cantareira". O bônus e a multa, porém, continuam valendo nas cidades de Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pinhalzinho, Piracaia e Vargem, que também ficam na área do manancial.

Na última terça-feira, durante um seminário sobre a crise hídrica na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, já havia sinalizado com a possibilidade de "eliminar o bônus" onde, segundo ele, "não tem necessidade de economizar". Para o dirigente, "ninguém quer dar um incentivo à população a economizar excessivamente" e "ninguém quer que alguém sofra se não for necessário".

Com o retorno das chuvas nos meses de fevereiro e março, os rios da região de Piracicaba e Campinas chegaram a atingir uma vazão de 450 mil litros por segundo, 32 vezes mais do que os atuais 14 mil l/s que a Sabesp retirada do Cantareira para abastecer 5,6 milhões de pessoas na região metropolitana.O problema é como a região não possui represas, essa água foi embora pelos rios e as vazões tendem a cair significativamente nos próximos meses.

Segundo a companhia, o bônus, que teve início em fevereiro de 2014 na Grande São Paulo, resultou numa economia de 100 bilhões de litros em um ano. O volume representa mais da metade da capacidade do Sistema Guarapiranga: 171 bilhões de litros. Por outro lado, com os descontos na conta dados pelo programa, cuja adesão chegou a 81% dos clientes, de acordo com a Sabesp, a estatal deixou de arrecadar R$ 376,4 milhões no ano.


Dia Mundial da Água

Barragem de Ponte Nova em Salesópolis

O Dia Mundial da Água, 22 de março, é uma data universal criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em março de 1992.

O Brasil vive desde o ano passado uma das suas piores crises hídricas. A chuva insuficiente no verão de 2014 gerou graves problemas para economia do país e restrições de consumo de água em muitas cidades especialmente  da Região Sudeste. Mas no Nordeste, já estamos no quarto ano consecutivo com chuva insuficiente para deixar os reservatórios com nível de água normal.

Os transtornos causados pelo racionamento de água vão continuar sendo vividos por milhares de brasileiros no decorrer de 2015.

Mas a crise hídrica está tendo o seu lado positivo. Estamos refletindo diariamente sobre o que é viver com pouca água e aprendendo sobre água. De onde ela vem? Nem toda a água pode ser consumida pelo ser humano. Por que é tão difícil usar a água dos oceanos? Tem muita água nos aquíferos, mas que pode ser contaminada por atitudes erradas do ser humano.  Temos água debaixo da terra, mas se não soubermos usá-la, vai acabar.

Não podemos ficar sem a água. A vida no planeta Terra depende da água.  Ela é nosso bem mais precioso, mas é preciso entender que ela pode acabar.


 

Últimas Notícias da Crise Hídrica

DAEE publicou portaria que abre inscrições para o Ato

Declaratório aos agricultores do Alto Tietê

O deputado estadual André do Prado, PR recebeu com satisfação a notícia de que foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOE), a portaria assinada pelo responsável pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, Ricardo Borsari, que reabre o período de cadastramento dos usuários rurais de água junto ao sistema eletrônico de Ato Declaratório.

“Não tenho dúvidas de que essa é mais uma importante conquista para os nossos agricultores dentro dessa nossa luta junto ao Governo do Estado de São Paulo pelo não lacramento das bombas utilizadas por eles na irrigação da produção.”, comenta André do Prado.

André do Prado, juntamente com os agricultores, representantes dos sindicatos rurais, vereadores, entre eles: Sadao Sakai, de Mogi das Cruzes, e dos prefeitos Carlos Alberto Tainho Júnior, PSDB, o Inho, de Biritiba Mirim, e Benedito Rafael da Silva, PR de Salesópolis, criou uma espécie de comitê para apresentar para as autoridades do Poder Executivo Estadual os dados técnicos que comprovam que a utilização da água pela agricultura não torna mais crítica a crise hídrica que assola a região metropolitana de São Paulo e os municípios localizados no Alto Tietê.

Segundo a portaria publicada pelo DAEE, os agricultores precisam se cadastrar do site do Ato Declaratório, cujo endereço é: www.atodeclaratorio.daee.sp.gov.br, até o prazo máximo de 30 de junho de 2017. Outros temas importantes abordados no documento dizem respeito ao objetivo dessa dilação de tempo: a necessidade que o órgão público tem em saber a quantidade de agricultores existentes na região e a quantidade de água que é utilizada na irrigação das plantações.

“Entendemos que a crise hídrica merece a especial atenção de todos. No entanto, é preciso que o Governo analise quais são os setores que precisam mudar os hábitos com relação ao consumo consciente de água. Os agricultores utilizam apenas 3,5% de água para a irrigação das plantações, logo: não merecem ser penalizados. Não podemos nos esquecer de que os alimentos produzidos no Alto Tietê saciam a fome de mais de 20 milhões de pessoas. O homem do campo sofre com as intempéries e não pode ser culpado pela falta de chuvas”, conclui André do Prado.


Crise Hídrica 

Deputado André do Prado e prefeitos se mobilizam e Estado

garante que voltará a liberar água a produtores rurais

O Governo do Estado de São Paulo deve publicar em breve uma portaria que autorizará a reabertura de prazo para que os agricultores possam pedir o Ato Declaratório, que autoriza os produtores rurais a utilizarem a água para irrigação. A informação é do deputado estadual André do Prado, PR que, juntamente com os prefeitos de Biritiba Mirim, Carlos Alberto Taino Júnio, PSDB, Inho, e o de Salesópolis, Benedito Rafael da Silva, PR tem lutado incansavelmente para que os argumentos dos produtores sejam ouvidos pelas autoridades estaduais.

Numa das reuniões, realizada recentemente com o presidente do DAEE – Departamento de Água e Energia Elétrica, Ricardo Borsari, ficou ajustado que ele agendaria uma reunião com os agricultores em Mogi das Cruzes, o que aconteceu ontem, dia 24 de fevereiro. Durante seu discurso, Borsari afirmou que o ato declaratório é um cadastro do produtor em que ele apresenta a sua necessidade de outorga e, portanto, demonstra a sua precisão no uso da água.
O deputado André do Prado acompanhou de perto todas as ações que culminaram na decisão do DAEE. Travou uma batalha para que os agricultores da região do Alto Tietê não sejam prejudicados. Além disso, o parlamentar justificou que a principal atividade econômica dessa região é a agricultura, onde gera aproximadamente 80 mil empregos (diretos e indiretos).
Agora, o parlamentar vai interceder para que os esclarecimentos necessários sejam repassados aos principais interessados, os agricultores de toda a região do Alto Tietê. “Os produtores precisam saber os trâmites que serão realizados pelo Estado, afinal terão que cumprir as exigências para o credenciamento junto ao órgão”, afirmou André Prado. 
André do Prado disse que, conforme assegurou Ricardo Borsari, os integrantes do DAEE não pretendem prejudicar os agricultores, apenas, num primeiro momento, mapear o consumo deles. “Essa reunião dos representantes do Poder Executivo demonstra que as informações que apresentamos a eles estão sendo analisadas criteriosamente. O Ricardo Borsari, está seguindo aquilo que conversamos durante a agenda que tivemos na sede do DAEE, após com o secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga. Continuo acompanhando pessoalmente essa questão”, conclui.
Entendemos que o momento é de cooperação de todos os paulistas para que não falte água para o consumo humano. No entanto, a quantidade utilizada de água pela agricultura é ínfima perto dos prejuízos que serão ocasionados socialmente e economicamente. Estamos trabalhando por soluções amplamente possíveis de serem realizadas nessa luta a favor dos produtores”, comenta André do Prado.

André do Prado e autoridades conseguem compromisso do

secretário de Recursos Hídricos em favor dos agricultores

Mais uma etapa realizada, com resultados produtivos. O deputado estadual André do Prado, PR ao lado do deputado federal Márcio Alvino, PR dos prefeitos Carlos Alberto Taino Júnior, PSDB, de Biritiba-Mirim, e Benedito Rafael da Silva, PR de Salesópolis, além do Renato Abdo, presidente da Câmara Setorial de Hortaliças do Estado, esteve reunido sexta-feira, dia 20 de fevereiro, com o secretário de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Benedito Braga, que também é o coordenador do Comitê responsável pelo acompanhamento da Crise Hídrica que assola os paulistas, principalmente os moradores da região metropolitana de São Paulo.

Durante o encontro, André do Prado apresentou os motivos que justificam a posição contrária ao lacramento das bombas de irrigação utilizadas pelos agricultores do Alto Tietê, tendo em vista que a principal atividade econômica dessa região é a agricultura, gerando aproximadamente 80 mil empregos (diretos e indiretos).

Diante do apelo feito pelo deputado André do Prado, o secretário Benedito Braga se comprometeu a unificar, no prazo máximo de um mês, o cadastro dos proprietários rurais com o intuito de analisar o consumo da agricultura. Além disso, ele afirmou que será revogada a portaria que invalidou o ato declaratório e também a análise da revogação do decreto que permite a lacração das bombas. Na próxima semana, a pedido do parlamentar, ele realizará uma reunião em Mogi das Cruzes entre técnicos do DAEE, da Secretaria Estadual de Agricultura e agricultores do Alto Tietê.

"Hoje, tivemos uma reunião muito produtiva. Medidas serão adotadas a partir da semana que vem, onde os agricultores serão chamados para que tenham acesso a todas as informações necessárias. Entendo que o governo do Estado entendeu a crise econômica e social que a região teria caso essa medida se efetivasse. Ações para financiamento de maquinários, cadastramento de usos de recursos hídricos superficiais e subterrâneos para usuários rurais e revogação do decreto que permite a lacração dos equipamentos, são reivindicações justas e necessárias", argumentou Andre do Prado. 

O parlamentar, unido aos prefeitos de Biritiba e de Salesópolis, não tem medido esforços na luta junto com os agricultores da região. Acompanha o problema enfrentado por eles desde o início, tem agendado reuniões nos diversos representantes do Poder Executivo Estadual. Somente no mês de fevereiro, André do Prado agendou e acompanhou os agricultores em reuniões com o responsável pelo DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica e com o vice-governador, Márcio França. 

O deputado federal Márcio Alvino, que participou da reunião, entende que os agricultores não podem pagar o preço da falta de planejamento. ”Considero essa reunião um avanço. O secretário nos recebeu para entender a nossa reivindicação e se dispôs a atender as nossas solicitações, a dar uma saída. Uma certeza eu tenho: os agricultores não podem pagar essa conta”, disse.

O prefeito de Biritiba Mirim, Carlos Alberto Taino Júnior, PSDB ‘Inho’, sabe que se o governo estadual não modificar sua posição, os biritibenses terão muitos prejuízos, afinal, a cidade sobrevive basicamente das atividades agrícolas, principalmente da produção de almeirão. “Fico feliz em acompanhar a luta do deputado André do Prado junto conosco nessa questão. Ele nos representa e, principalmente, busca mecanismos para que possamos apresentar nossas demandas junto às autoridades do Governo Estadual”, comenta.

Coube a Renato Abdo, representante da Câmara Setorial de Hortaliças, explicar que a água utilizada para a irrigação corresponde, apenas, a 3,5%, índice menor do que o registrado pela empresa de saneamento por causa de vazamentos e o uso irracional de água por parte da população. “Faltou planejamento, mas não podemos penalizar os agricultores. Se incentivarmos a população as boas práticas de economia de água, a crise hídrica poderá ser solucionada mais rapidamente”, explica.

O prefeito de Salesópolis, Benedito Rafael da Silva, PR destacou que seu município sobrevive da produção de água e alimento. “Salesópolis é um município que paga caro por produzir água e alimentos. Nossos agricultores estavam muito preocupados com a possibilidade do lacramento das bombas”, comenta.

André do Prado conclui: “Estamos fazendo a nossa parte e apresentando medidas que podem auxiliar na solução da crise hídrica sem que para isso o Governo precise lacrar as bombas de irrigação dos agricultores do Alto Tiete. Toda luta é vencida por pequenas batalhas encestamos empenhados em resolver essa situação. Percebo que os representantes do Poder Executivo estão analisando os dados que estamos apresentando”.


Parlamentares pedem a Alckmin reunião com agricultores

do Alto Tietê

Deputado Dr. Gondim, Governador Geraldo Alckmin e o Deputado André do Prado

O deputado estadual André do Prado, PR, durante cerimônia de sanção da Lei do Passe Livre Estadual, apelou ao governador Geraldo Alckmin para que reveja as questões que envolvem o lacramento das bombas utilizadas pelos agricultores do Alto Tietê para a irrigação das plantações. Ao seu lado, estava o deputado Luis Carlos Gondim, SD que também é da região e reforçou o pleito.

A pedido de Prado, ficou acordado com o Chefe do Poder Executivo Estadual que em breve haverá uma reunião entre representantes do Governo e Agricultores da região. "Vamos receber retorno do Chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, que vai marcar essa agenda, atendendo ao nosso apelo. Tenho certeza de que serão pontuadas ações importantes, pois os agricultores têm realizado uma série de estudos e propõem medidas viáveis. Estou acompanhando diariamente essa situação", afirmou o deputado André.

André do Prado propôs que sejam destinados recursos, a título de fundo perdido, para que os trabalhadores rurais possam modificar o sistema de irrigação, atualmente feita por aspersão, para o método de gotejamento. “O Alto Tietê representa o cinturão verde do estado de São Paulo. Tudo o que é produzido aqui, por meio da CEASA, chega à casa de milhões de brasileiros. Temos que agir urgentemente para defender a agricultura de nossa região”, conclui André do Prado.

O deputado André do Prado tem trabalhado incansavelmente para que as demandas dos agricultores do Alto Tietê ecoem junto aos órgãos do Poder Executivo estadual.


Prefeitos, vereadores e agricultores foram a SP pedir

revogação das lacrações de bombas

Uma comissão formada por prefeitos, vereadores, produtores e representantes de Associações da Região do Alto Tietê estiveram presentes quinta-feira, 12 em reunião com o Superintendente do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), Ricardo Borsari. Esse encontro foi promovido pelo Deputado Estadual André do Prado que agendou esse encontro para fazer um apelo e pedir reavaliação das medidas de fiscalização sobre o lacramento das bombas de produtores rurais que captam água em rios, lagos, nascentes e represas próximas às áreas de cultivo.

“Entregamos ao superintendente um relatório da Associação dos produtores do estado, além de um manifesto dos representantes do Alto Tietê e propondo alternativas viáveis para que a produção agrícola do Alto Tietê não fique altamente prejudicada”.

“Atendendo ao nosso apelo, Borsari se reunirá com o presidente do Comitê de Crise Hídrica, Benedito Braga, para encaminhar todos os apontamentos e verificar medidas que flexibilizam essa situação”.

“Vamos batalhar de todas as maneiras para que a nossa região, que figura como um dos mais importantes Cinturões Verdes do Estado de São Paulo, não tenha impactos ainda maiores nos prejuízos sociais e econômicos”, ressaltou o deputado André.

O Alto Tietê é responsável por 30% da produção agrícola que abastece todo o Estado.

Estiveram presentes a reunião os prefeitos Carlos Alberto Taino Junior, PSDB de Biritiba Mirim e Benedito Rafael da Silva, PR,de Salesópolis; os vereadores Juliano Abe e Sadao Sakai, de Mogi das Cruzes, e Jorge Mishima e Walter Machado, de Biritiba, além do presidente da câmara setorial de hortaliças do Estado, Renato Abdo, do diretor do Ibrahort, Carlos Schmidt, e dos agricultores Marcio hasegawa e Fábio Hiroshi Fuji.

Reunião emergencial

O Deputado André do Prado, PR, solicitou uma reunião emergencial com o vice-governador, Márcio França, para pontuar toda a situação que assola os produtores rurais do Alto Tietê.

“Como medida emergencial, iremos pedir a revogação do decreto que regulamenta o lacramento das bombas e a revalidação do ato declaratório”. “Sensível ao nosso apelo, ele assumiu o compromisso de encaminhar a demanda ao governador Geraldo Alckmin”.

“No início da semana que vem, entregaremos o relatório com números concretos de agricultores que serão atingidos em cada uma das cidades, custos de obras viáveis e a sugestão de possíveis alternativas para solucionar o problema, pois a nossa luta continua”, disse o Deputado André. 


Triste realidade

Barragem de Ponte Nova secando dia a dia

Produtores de Salesópolis e Biritiba Mirim

Após as manifestações em frente à Estação Elevatória de Biritiba Mirim ocorrida na manhã de terça-feira, 10 produtores rurais e trabalhadores se dirigiram até a frente da Portaria da Barragem de Ponte Nova em Salesópolis.

Nenhum representante do DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica) recebeu os produtores que foram autorizados junto com a imprensa a entrar para verificarem como se encontra atualmente o reservatório de Ponte Nova.

Ao final da visita pode-se ver a frustração de todas as pessoas que aguardavam na Portaria da Barragem para saberem qualquer informação que pudesse trazer alguma esperança de poderem continuar trabalhando normalmente sem pressão por parte do DAEE.

Manifestação

Agricultores realizam manifestação na estrada Mogi Salesópolis

Crise na Agricultura Manifestantes sentaram na pista impedindo a passagem dos veículos

Mais de 500 Agricultores e trabalhadores no setor de hortaliças fizeram a primeira grande manifestação contra o Decreto do Governador Geraldo Alckmim que proibiu a captação de água dos leitos dos Rios Tietê e Paraitinga.

Os agricultores se reuniram em frente à Estação Elevatória de Biritiba Mirim e ocuparam a pista por dois momentos interrompendo totalmente o trânsito entre Mogi das Cruzes e Salesópolis.

Foi uma manifestação pacífica e a reivindicação de todos os agricultores é que o Governador permita que eles utilizem água para irrigação de suas plantações, caso contrário o setor entrará em um colapso total com a paralisação da produção e a demissão de milhares de funcionários.

Biritiba Mirim e Salesópolis  abastecem com hortaliças a Capital Paulista, Vale do Paraíba além do Litoral Norte e Sul.

Após o encerramento da manifestação em Biiritiba Mirim os produtores e empregados se dirigiram até a Barragem de Ponte Nova onde tinham a intenção de poderem ser recebidos por algum representante do DAEE o que não ocorreu.

Foi permitida apenas um grupo de quinze Agricultores e a Imprensa entrar nas dependências da Barragem de Ponte Nova onde pudemos ver a caótica situação em que se encontra a represa com nível extremamente baixo.

Os produtores lamentaram essa iniciativa do DAEE de não querer recebe-los, pois gostariam de ouvir do órgão uma posição sobre a lacração das bombas e qual política de apoio será realizada para que a produção não seja paralisada e não prejudicar o abastecimento a população e acima de tudo manter o emprego de todos que atuam no campo.

A reportagem do Jornal do Povão entrevistou alguns produtores que disseram estarem à beira da falência sem as mínimas condições de poderem “tocar” suas lavouras.

O produtor José Antônio Almeida indagou: “Quem vai pagar as dívidas contraídas com os bancos”?

Agricultor no Bairro do Alegre o senhor José Antônio está há mais de quarenta anos trabalhando na produção de de legumes e verduras e já está com 80% de sua lavoura paralisada por falta de água, pois com medo de perder sua bomba não está mais irrigando as plantações.

O senhor Hildo Mariano também produtor no Distrito Nossa Senhora dos Remédios já recebeu a notificação do DAEE e se continuar a irrigar a plantação poderá sofrer uma multa de R$ 4 mil.

“Além de o agricultor perder tudo será processado pelo Estado”, disse Hildo inconformado com a decisão do governador de mandar parar a irrigação.

Na opinião de Hildo o prefeito Benedito Rafael da Silva, PR, após uma reunião que terá com o governador Geraldo Alckmim na próxima quinta-feira, 12 se não obtiver nenhuma posição favorável aos agricultores deveria Decretar Estado de Calamidade Pública no Município de Salesópolis para que os agricultores possa então ter acesso a água para irrigação.

Preços de verduras e hortaliças sobem mais de 100%

A reportagem do Jornal do Povão esteve em um estabelecimento comercial em Biritiba Mirim e pode registrar a realidade da crise hídrica em nossa região.

O preço de verduras e hortaliças dispararam nos últimos dias o que deve agravar ainda mais por dois motivos: falta de chuva e a proibição da irrigação por parte de um Decreto do Governo do Estado.

Um pé de alface varia entre R$ 1,50 e R$ 2,50, sendo que no final do ano passado custava R$ 1,00.

Os comerciantes da região estão apreensivos com a falta e alto preço das verduras e com um possível desabastecimento.


Agricultores não poderão usar água dos Rios Tietê e Paraitinga

para irrigação das hortaliças

A Reportagem do Jornal do Povão conversou com um Produtor Rural do Distrito Nossa Senhora dos Remédios que falou sobre a pior crise já vivida pelos produtores de nossa Região.

O Governo do Estado, através do DAEE está proibindo os agricultores do Alto Tietê de irrigarem suas hortaliças com as águas dos Rios Tietê e Paraitinga, devido a pior crise hídrica dos últimos 84 anos.

Já foi solicitado a todos os produtores que não retirem mais águas dos rios e se essa determinação não foi acatada os produtores terão lacradas suas bombas, visto que a Polícia Ambiental já está autorizada a atuar nesses casos.

Através de um Decreto Lei o Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmim proibiu qualquer retirada de água a menos de 200 metros das margens do leito dos rios.

Inconformados com a determinação brusca do governador os produtores não terão outra alternativa a não ser demitir seus funcionários e parar com a produção de verduras e hortaliças que hoje abastece além de toda a Região Metropolitana o Litoral Norte e Sul de São Paulo.


Entrevista com o prefeito de Biritiba Mirim

E reportagem do Jornal do Povão esteve na noite de quinta-feira em Biritiba Mirim durante a reunião com os Produtores Rurais no Centro Pastoral e teve a oportunidade de entrevistar o prefeito Carlos Alberto Taino Junior, PSDB, que falou sobre a crise hídrica e o problema enfrentado pelos produtores rurais.

“A questão é sensibilizar as autoridades para que não venham penalizar nosso povo e principalmente os agricultores, tendo em vista que não podemos pagar essa conta porque somos produtores de água”.

“Hoje o produtor utiliza cerca de 3% para irrigar sua lavoura e toda essa água volta para o lençol freático e não está ocorrendo uma ação por parte da Sabesp, as Secretarias e o Governo do Estado para ir naquele que mais desperdiça água, sensibilizando a população para que o povo se conscientize na questão de economizar água”.

“Ficamos chateados porque desde 1999 em várias reuniões do Comitê que foi formado já se falava que em 2010 não teríamos mais água e já estamos em 2015 e nenhuma providência foi tomada”?

“Os municípios de Biritiba Mirim e Salesópolis não podem ser penalizados mais uma vez, visto que não podemos ter indústrias, nada que venha ajudar os municípios e temos que ter uma água com qualidade para servir a população”.

“É uma indignação Biritiba Mirim e Salesópolis terem que pagar essa conta, é uma injustiça”.

“Temos pouco mais de 600 produtores e apenas 5% possuem outorga, esses 95% restantes representam 2 mil desempregos diretos, isso trará um dano social para o município de Biritiba Mirim”.

“O prefeito Inho e a Câmara Municipal de Biritiba Mirim agradece a presença do Deputado André do Prado nesta reunião com os produtores e estamos juntos com nosso povo e vamos até o fim nessa batalha”, concluiu.


Vereadores falam da importância da união de todos neste

momento crítico para os agricultores de nossa região

Vereador Cristian Luiz Candelária, PV, (Salesópolis) e o

Vereador José Pereira da SIlva Neto, PSDB (Biritiba Mirim)

O vereador de Biritiba Mirim José Pereira da Silva Neto, PSDB, falou a reportagem do JP sobre a atual situação que se encontram os agricultores de Salesópolis e Biritiba Mirim que poderão ter suas bombas lacradas e assim impedidas de irrigar as plantações.

“As reuniões que aconteceram em Mogi das Cruzes, no Bairro do Cocuera, na sexta-feira, 30 de janeiro, os agricultores foram informados sobre a situação das Barragens de Biritiba Mirim e Salesópolis”.

“Agora estamos buscando soluções para que os agricultores de Biritiba Mirim e Salesópolis não sejam prejudicados e tenham cerceados seus direitos de defesa ou de se adequarem a nova legislação e o cadastramento das propriedades que alguns ainda não possuem”.

Através do Governo do Estado estamos buscando uma solução para o que podemos fazer para chegar em um ponto satisfatório sem prejudicar os agricultores, porque se forem lacradas as bombas de imediato irá afetar a economia de nossa região com demissões e vamos enviar água para São Paulo e nossa população vai passar fome”.

“Poço artesiano que foi proposto é de médio a longo prazo e o DAEE quer começar a lacrar as bombas de imediato e não podemos deixar nossos agricultores sem apoio e iremos intervir aos órgãos competentes e juntos com os vereadores de Salesópolis pedir um bom senso ao governador neste momento crítico que passa a agricultura de nossa região”, disse o vereador de Biiritiba Mirim 

O vereador da Estância Turística de Salesópolis Cristian Luiz Candelária, PV, defendeu maior união entre os políticos de nossa região para que consigamos uma solução favorável a todos os agricultores.

“O povo de Salesópolis já vem sofrendo com diversos problemas e agora com a proibição da irrigação pelos agricultores irão aumentar o desemprego e para se construir poços artesianos terá um longo tempo e é totalmente inviável neste momento, visto que os produtores não possuem esse dinheiro para realizar perfurações”.

“Temos que juntar forças políticas de nossa região e buscar junto ao governador e as secretarias um acordo para que possam continuar irrigando suas plantações para que não venham ocorrer demissões em massa”.

“Precisamos lutar em prol dos nossos munícipes, afinal fomos eleitos para isso e iremos com certeza buscar uma solução favorável a todos os produtores rurais de nossa região.”

“Os políticos de Salesópolis e Biritiba Mirim precisam estarem unidos neste momento buscando forças independente de partidos para buscarmos a solução do problemas para os agricultores e não de se fazer politicagem”, concluiu o vereador Cristian.


Reunião em Biritiba Mirim reúnem prefeitos, vereadores e o

deputado estadual André do Prado

Prefeito de Biritiba Mirim Carlos Alberto Taino Junior, PSDB durante seu discurso

Ao centro o prefeito de Salesópolis Benedito Rafael da Silva

Aconteceu na noite de quinta-feira, 5 em Biritiba Mirim a terceira reunião com os Agricultores do Alto Tietê, principalmente aqueles que produzem hortaliças em Biritiba Mirim e Salesópolis.

A reunião deixou os agricultores ainda mais preocupados com as últimas medidas tomadas pela Superintendência do DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica) que já iniciou as fiscalizações nas propriedades com o intuito de lacrar as bombas dos agricultores.

Outra medida que está sendo tomada e que deixa todos ainda mais preocupados em relação ao futuro da produção de hortaliças em nossa região é com relação a não validade dos Atos Declaratórios que os proprietários possuem para poderem exercer suas atividades.

Segundo foi passado pelos prefeitos que estiveram reunidos com a Superintendência do DAEE os Atos Declaratórios que foram concedidos após 10 de junho de 2014 perderam suas validades e com isso agrava ainda mais a situação de todos.

Após a reunião ficou decidido que o prefeito de Salesópolis Benedito Rafael da Silva, PR; prefeito de Biritiba Mirim Carlos Alberto Taino Junior, PSDB e os vereadores de ambas as cidades juntamente com o Deputado Estadual André do Prado, PR, irão levar uma carta de reivindicações ao Governador Geraldo Alckmim na próxima quinta-feira, 12, a fim que possamos ter uma solução favorável a todos os produtores de nossa região.


Discurso Prefeito de Salesópolis Benedito Rafael da Silva

Reunião com os Agricultores do Alto Tietê e o Superintendente do DAEE

Agricultores falam da preocupação com a falta de chuvas

Entrevistas

A reportagem do JP ouviu agricultores e autoridades que estão envolvidas para procurar uma saída para a maior crise hídrica dos últimos 84 anos em nossa região.

O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mogi das Cruzes, Benedito de Almeida disse a nossa reportagem que “a maior preocupação é com a lacração das bombas dos produtores e os próprios produtores já reduziram a utilização da água para a irrigação das hortaliças, mas ainda é muito cedo para obter um resultado, pois ainda tem produtores que não tem capital para poder realizar investimentos para a economia de água”.

“Se começar todos se unirem a médio e em longo prazo poderá melhorar a situação, mas pedimos ao DAEE para neste primeiro momento não exigir medidas rápidas e drásticas dos agricultores que estão passando por dificuldades, afinal somos tratados como criminosos pelo uso da água”.

“Essa atitude do DAEE nos deixa triste, pois somos nós que levamos o alimento para a mesa do consumidor e sem os trabalhadores rurais a zona urbana não consegue sobreviver e não nos valorizam”.

“O desemprego está alto e somente no mês de janeiro mais de 200 trabalhadores perderam seus empregos devido à crise hídrica na nossa região”.

“Com o desabastecimento que poderá ocorrer o valor de todas as hortaliças produzidas pelo cinturão verde poderão sofrer aumento de preços e para que essa situação não chegue a esse ponto precisamos de apoio dos governantes”, concluiu Benedito.

Marcelo Uono, Presidente do Alvor falou que “na sexta-feira, 30 de janeiro foi aberto um diálogo com o governo e agricultores, porém a partir de terça-feira, 3 de fevereiro começou as notificações por parte do DAEE aos agricultores, fiscalizando e a partir desse momento quem não tem outorga pode ter suas bombas lacradas, ou seja a revelia, pois ainda não houve nenhum diálogo com os agricultores”.

“Queremos que junto com as autoridades haja uma interlocução entre governo e agricultores para que parem esse processo e haja o diálogo primeiro e depois aplicar as medidas restritivas”.

“Estamos pedindo ao prefeito de Salesópolis Benedito Rafael da Silva e as autoridades para que haja o diálogo e depois façam as medidas cabíveis através da comunicação com os agricultores”.

“Já houve uma redução natural do uso da água devido à seca, já estamos fazendo a lição de casa há muito tempo, devido à restrição da água”.

“Não venham nos falar que estamos fazendo errado ou certo sem saber a causa, os agricultores estão se adequando e vir sem conhecimento da causa e impor não aceitamos”.

“Se o DAEE continuar com medidas mais rígidas teremos um grave problema social em nossa região com desemprego e desabastecimento que será sentido no bolso dos consumidores”, disse Marcelo Uono.

O presidente da Câmara de Salesópolis Paulo Arouca Sobreira, SD, falou sobre a grave crise hídrica que afeta os agricultores do Alto Tietê e disse “não somente a Câmara e Prefeitura de Salesópolis, mas também de Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes através do vereador Juliano Abe estão tentando buscar uma solução equilibrada para que não haja prejuízo para o produtor”.

“Mais uma vez o governo quer realmente jogar “nas costas” do produtor que é um grande colaborador de nossa região e que sempre se esforçou para manter a economia da água e sempre poupou porque sabe o valor que tem e agora não é justo que o governo cobre do pequeno produtor essa conta”, se referindo as imposições do DAEE no uso da água pelos produtores Rurais.

Paulo Arouca disse que “o governo tem que assumir todo o prejuízo pela falta de água e não os produtores, pois nossa região é focada no plantio de hortaliças, e apesar de ser uma área protegida, sempre preservamos e geramos alimentos seja para a Capital Paulista o para outras regiões”.

“Vamos nos empenhar com prefeitos e vereadores da região para que o compromisso com o governo seja cumprido e se houver a necessidade de um racionamento que seja equilibrado e que comece pelas cidades que se abastecem com água da nossa região”, concluiu o Presidente da Câmara de Salesópolis Paulo Arouca Sobreira.


Poderá haver demissões e desabastecimento de hortaliças

Agricultores de Salesópolis se reúnem com o 

prefeito Rafael e vereadores

 

Prefeito de Salesópolis Benedito Rafael da Silva, PR

Os agricultores do Distrito Nossa Senhora dos Remédios se reuniram na noite de terça-feira,3 com autoridades de Salesópolis e região para discutir uma saída rápida para a crise hídrica que assola nossa região desde o início de 2014.

Estiveram presentes além do prefeito da Estância Turística de Salesópolis Benedito Rafael da Silva, PR, os vereadores Paulo Arouca Sobreira, SD; Cristian Luiz Candelária, PV; Benedito Lélis Renó, PT; a vereadora Sandra Regina de Assis, PMDB; o administrador do Distrito Nossa Senhora dos Remédios Paulo Roberto de Faria, o presidente do Alvor Marcelo Uono; vereadores de Biritiba Mirim Jorge Mishima e Donizete Siqueira; vereador de Mogi das Cruzes Juliano Abe; representante da Associação dos Produtores Rurais de Jundiapeda Kazushi Tasato; presidente da Associação Amigos do Bragança Edilson dos Santos; Assessor do Deputado Dr. Gondim, Tomaz Yamaki; Márcia Tomita Diretora de Meio Ambiente da Prefeitura da Estância Turística de Salesópolis e o Diretor de Agronegócios Rodolfo Marcondes.

Foi o maior movimento já organizado que contou com a participação de centenas de Agricultores que durante a reunião expressaram suas indignações com a atual política hídrica desenvolvida pelo Governo do Estado.

O principal objetivo foi a criação de uma frente de emergência que estará se reunindo com o Superintendente do DAEE para que apresente uma proposta concreta a todos os agricultores não somente de Salesópolis mas de Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes a fim de não utilizar de medidas drásticas neste primeiro momento com nenhum dos Produtores Rurais.

Na reunião realizada na última sexta-feira, 30 de janeiro, ficaram acordados que os técnicos do DAEE estariam visitando os produtores para auxiliarem na economia de água que é utilizada para a irrigação das hortaliças.

A apreensão de todos os produtores é que o DAEE e a Polícia Ambiental venham lacrar as bombas que fazem a irrigação das lavouras o que causaria um grande impacto financeiro e acarretaria em uma demissão em massa dos funcionários.

Ficou acordado entre todos que nesta quarta-feira, 4 o prefeito Rafael e uma comissão de políticos de Salesópolis irão até o DAEE em São Paulo para pedirem maiores prazos para que os Agricultores possam se adequar as normas exigidas, visto que para se perfurar um poço artesiano todos precisam de muitos recursos o que no momento é inviável já que estão trabalhando praticamente sem lucros.

Caso o DAEE não aceite as propostas dos Agricultores a promessa é que um grande protesto seja mobilizado na Rodovia Mogi-Salesópolis a fim de mobilizar e sensibilizar o governador Geraldo Alckmim e a Superintendência do DAEE a fim de dar maior atenção aos produtores do Alto Tietê que é considerado o “Cinturão Verde da Grande São Paulo”.

Se houver o agravamento da crise no decorrer dos próximos meses há o risco ainda da falta de abastecimento de hortaliças além do desemprego que deverá afetar a categoria.

 

Agricultores se reúnem com Superintendente do DAEE

em Mogi das Cruzes

Secretário Adjunto da Secretaria de Agricultura de São Paulo Rubens Naman Rizek Junior

e o Superintendente do DAEE Ricardo Daruiz Borsari 

Deputado Federal Junji Abe, Deputado Estadual Dr Gondim e o Prefeito de Salesópolis Rafael

Agricultores e seus familiaresa assistiram atentamente as explicações da Superintendência do DAEE

Os Agricultores do Alto Tietê estiveram reunidos na manhã de sexta-feira, 30 com o Superintendente do DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica) na Associação dos Agricultores do Bairro do Cocuera em Mogi das Cruzes.

Na oportunidade estiveram presentes a reunião o Superintendente do DAEE Ricardo Daruiz Borsari; o deputado estadual Dr. Gondim; deputado federal Junji Abe; o prefeito da Estância Turística de Salesópolis Benedito Rafael da Silva, que também é Presidente do Sub Comitê da Bacia do Alto Tietê, vereadores de Biritiba Mirim Jorge Mishima e Marcelo Batista de Miranda Melo; Diretor Superintendente do Semae de Mogi das Cruzes Marcus Vinicius de Almeida e Melo e Secretário Adjunto da Secretaria de Agricultura de São Paulo Rubens Naman Rizek Junior.

Foi uma reunião onde o Superintendente do DAEE pode mostrar a todos os agricultores a real situação em que se encontra os reservatórios da Região do Alto Tietê, que hoje (sexta-feira, 30) está com apenas 10% de sua capacidade.

Foi pedido a todos os agricultores que façam a redução do uso da água para a irrigação das plantações de hortaliças, visto que o momento é crítico e se não houver essa redução imediata do consumo poderá sim ocorrer uma repressão maior por parte do DAEE.

O Superintendente Ricardo deixou bem explicado a todos que em janeiro de 2014 e neste primeiro mês do ano não ocorreram chuvas como era esperado, ou seja, este início de ano também está sendo o janeiro mais seco dos últimos 80 anos quando começaram as medições pluviométricas.

A maior preocupação de todos os produtores rurais é caso a seca continue e a água não seja suficiente para irrigar as plantações serão com demissões que poderão acontecer no setor.

Por outro lado o Secretário Adjunto da Secretaria de Agricultura de São Paulo Rubens Naman Rizek Junior disse que estão sendo estudados meios de realizar a perfuração de poços semi-artesianos e assim amenizar o problemas com a falta de água.

Os Agricultores preocupados com a situação pediram que o Governo do Estado ofereça algum incentivo a todos para que não venham a sofrer futuramente com a escassez de água.

Para finalizar o Superintendente do DAEE disse que a Policia Militar Ambiental será treinada para auxiliar na fiscalização das propriedades e caso houver uso excessivo de água poderá chegar até mesmo a suspensão do fornecimento caso a crise hídrica se agrave ainda mais.


Entrevistas

A reportagem do JP falou ainda com o deputado federal Junji Abe; deputado estadual Dr. Gondim e com o agricultor do Distrito Nossa Senhora dos Remédios Gervásio Massaki Warikoda. 

Junji Abe disse que “vejo com muita preocupação a crise hídrica, porque independentemente de minha condição de homem público cujo mandato termina domingo, 1 de fevereiro, mas como cidadão e na figura de produtor rural que continuo”.

“Claro que a preocupação é para todo o país, porque essa crise hídrica está atingindo toda a Região Sudeste, como jamais vista em nossa história, e o governador Geraldo Alckmim está diante de uma calamidade”.

“Este é o momento para que possamos ouvir as autoridades para verificar quais as medidas que estão alinhavadas para serem aplicadas conforme a proporcionalidade da crise hídrica”.

“Estive há duas semanas atrás convidado pelo Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo Dr. Arnaldo Jardim para que eu fosse um dos interlocutores, como cidadão, como homem público para poder ouvir e intermediar e apresentar sugestões e hoje aqui na Associação dos Agricultores do Bairro do Cocuera reunindo todas as lideranças e uma grande parte dos agricultores rurais do Alto Tietê, sabemos da crise mas precisamos ouvir as autoridades para verificar até que ponto precisamos estar aptos para aceitar evidentemente restrições para irrigação e uso da água para nossa atividade”.

“Costumo dizer nestas horas que acima de tudo, tem que haver muito espírito de solidariedade, mas também muito sentido de reflexão das autoridades com os produtores”

“Um exemplo: O dentista precisa de água, porém para ele poder estar servindo os pacientes poderá trazer água na porção necessária, uma empresa gráfica precisa de água, mas se faltar não para sua atividade, portanto até um restaurante não se compara por mais que tenha a necessidade de água não se compara ao agricultor que precisa de água para manter sua profissão”.

“Quando destacamos o Agrião entre 70% e 80% são de nossa região, alface chegam entre 30% e 50%, não é para haver diferenças com outras regiões, portanto o caso dos produtores se houver restrições é a sobrevivência não somente dele mas muitas vezes dos funcionários e se pensarmos em rescisão contratual onde estará a verba para indenizar”

“Se houver extremo de restrições precisamos pensar em compensação financeira, mas essa tese é a última instância”.

“Estamos aqui para ouvir as autoridades e depois fazer uma reflexão e Deus queira que não seja restrições estremas, porque a irrigação foi uma conquista pioneira de nossa região, faz 60 anos que Mogi das Cruzes começou timidamente o processo de irrigação e cada vez mais vem se aperfeiçoando como parte do Cinturão Verde da Grande São Paulo”, concluiu Junji Abe.

O Deputado Estadual Dr. Luiz Carlos Gondim falou a reportagem do JP sobre a atual crise hídrica que afeta nossa Região e ressaltou que o “governador Alckmim quer uma irrigação correta nas lavouras do Alto Tietê, que gaste menos o possível, e estamos aqui para ouvir o governo e posteriormente iremos fazer as reivindicações dos agricultores”.

“Existe a seca, mas faltou o dever de casa do governo do estado, não somente agora, mas pelo menos há vinte anos”.

“Para a toda população peço que evite lavar carros, desperdícios, não lavem calçadas, economizem o máximo que puder, e tudo que puder fazer inclusive recolher a água de chuva que caem pelo telhado será de grande importância neste momento”, finalizou o deputado Dr. Gondim.

Gervásio Massaki Warikoda, agricultor no Distrito Nossa Senhora dos Remédios, falou da importância da irrigação para os agricultores do Alto Tietê e gostaria que todos cheguem a um acordo para que os agricultores não saiam perdendo.

Quanto à restrição que poderá ser imposta aos agricultores Gervásio se manifestou dizendo que “é preocupante a interdição das bombas de água dos produtores e se isso ocorrer poderá faltar alimento na mesa dos consumidores”.

“Neste momento não haverá a lacração das bombas mas sim uma redução drástica na utilização da água para irrigação e para isso precisamos modernizar nossos equipamentos”.

“O futuro dos agricultores para os próximos anos é incerto e estamos pedindo a Deus diariamente para que chova e assim minimize os problemas com o abastecimento”.

“A proposta do Superintendente do DAEE de se fazer um financiamento urgente para podermos tirar água através de poços artesianos irá acarretar um aumento em todos os produtos e como já estamos trabalhando no limite iremos apenas conseguir pagar nossas contas”, disse Gervásio.


E a seca vai continuar

Meteorologistas preveem um longo período de estiagem

Após quase um ano de negativas, propostas conciliadoras e eternas promessas de que não havia necessidade de medidas mais drásticas para reduzir o consumo de água na Grande São Paulo, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, capitulou. Pela primeira vez desde o início da crise hídrica que ameaça deixar a maior cidade do País sem água, Alckmin decidiu implantar um rigoroso sistema de punição para quem aumentar o consumo, com aumento de 50% no valor da conta de quem gastar mais de 20% acima do volume médio rotineiro. A decisão foi tomada a poucos dias do início deste verão que promete temperaturas recorde. O governo paulista, finalmente, começa a acreditar no que a maior parte dos especialistas vem alertando há anos: com as torneiras abertas, São Paulo vai secar.

A fé de que os céus mandariam chuvas volumosas para a região nesta primavera e neste verão jamais contaminou os meteorologistas. Eles, no entanto, vinham alertando que, sob o olhar estritamente científico, não havia indicadores de que isso iria acontecer. E agora, dois meses depois do início oficial das chuvas, só um milagre, dizem os especialistas, impedirá que uma situação que já era crítica se transforme em catastrófica.

A estimativa dos principais meteorologistas e especialistas em hidrologia é de que, se São Paulo simplesmente não secar, a água servida à população terá qualidade bastante inferior à que é oferecida hoje. “Um dos piores cenários que prevíamos era que este verão fosse igual ao do ano passado e, pelo que observamos até aqui, continuará sendo”, diz Marussia Whately, uma arquiteta especializada em recursos hídricos que coordena a ONG Aliança Pela Água, que congrega uma série de organizações preocupadas com o tema. De acordo com o meteorologista Alexandre Nascimento, da Climatempo, neste verão as chuvas não chegarão a atingir nem ao menos a média histórica. “Janeiro até pode superar um pouco, mas nos meses seguintes choverá menos do que o normal”, diz ele.

O reflexo disso, claro, será a redução ainda maior da quantidade de água disponível nos diversos reservatórios que abastecem a cidade, como o Guarapiranga, o Alto Tietê e o agora tristemente famoso Cantareira. A necessidade de se retirar água de camadas cada vez mais profundas, com muitos sedimentos, como acontece no Cantareira, leva o chefe do departamento de demografia da Unicamp, Roberto Luiz do Carmo, a prever que a qualidade da água deve cair nos próximos meses. “O impacto de doenças não muito acompanhadas, como as diarreicas, tendem a aumentar muito nos próximos anos”, diz ele.

A parcela mais prejudicada da população, segundo Carmo, será aquela com menos recursos econômicos. “As pessoas vão procurar soluções individuais”, diz. “Quem pode pagar vai conseguir comprar algo um pouco melhor; quem não pode vai beber água de péssima qualidade.”


 


 

 


Crise Hídrica - 24-10-2014

Seca castiga barragem de Ponte Nova em Salesópolis

A pior seca dos últimos 80 anos que vem castigando todo o Estado de São Paulo, está deixando a paisagem totalmente diferente do que os moradores de Salesópolis estão acostumados a ver.

A Barragem de Ponte Nova está secando dia a dia principalmente nos dias de forte calor onde a evaporação da água acontece de maneira mais rápida ainda.

Pelo menos até o final do mês não irão ocorrer chuvas consideráveis no Alto Tietê para amenizar os problemas enfrentados pelos produtores rurais e pela população que está apreensiva com a necessidade de um racionamento de água.

A partir do início do mês de novembro as precipitações deverão ocorrer com mais frequência o que poderá melhorar o nível dos reservatórios do Alto Tietê e também do Guarapiranga em São Paulo.

A reportagem do Jornal do Povão percorreu desde o Aterrado até o Pinheirinho e pode constatar o novo visual que os moradores e turistas estão apreciando com a forte estiagem.

Na cachoeira do Tobogã que antes da estiagem era possível as pessoas realizarem até mergulhos agora está totalmente seca e até uma ponte de concreto que havia no local está totalmente a mostra.

Sujeira na Cachoeira - 24-10-2014

Outro problema que nossa reportagem encontrou na cachoeira do Tobogã na Barragem de Ponte Nova, foi lixo e restos do que era uma fogueira deixada por “turistas” que ali acampam ou passam o dia.

Precisamos de uma campanha para conscientizar os turistas que nos visitam e até mesmo os moradores de Salesópolis para não deixarem lixo nos pontos turísticos principalmente as margens de rios e represas.

Se no local não existe uma lixeira para depositar os dejetos que os turistas sejam educados a transportá-lo em seus veículos até chegarem na cidade e encontrarem um local apropriado para o descarte.